Educar e cuidar são atividades parceiras. Não é possível educar, descuidando da pessoa. Toda educação propicia uma ação de cuidado. Do mesmo modo, todo cuidado é educativo.
Muitas vezes, as ações de cuidado são artificialmente separadas daquelas ditas educativas no cotidiano das creches e pré-escola. Cria-se uma hierarquia como se existissem atividades mais importantes ou nobres que outras. Isso é uma distorção, um erro. O momento do alimento apresenta tantas oportunidades educativas quanto a brincadeira com pincéis; o jogo em parceria com colegas é um momento ímpar de aprendizagem sobre o cuidado com o outro. A presença do professor mediando essas relações integra as dimensões de educação e cuidado que devem estar presentes em toda ação educativa na infância.
A afetividade ocupa um papel especial na relação pedagógica. A escola, por sua vez, deve se constituir em um espaço capaz de se adaptar as necessidades do indivíduo e não o de propor o contrário; um espaço ao qual os indivíduos devem se sujeitar.
É fato que, na escola de Educação Infantil, torna-se necessário que criemos inúmeras situações significativas de aprendizagem, se desejarmos unir o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e sócio afetivas , más é sobre tudo fundamental que encaremos a formação como um ato inacabado, sempre sujeito a novas descobertas, a novas tentativas.
Educar é, portanto, uma atividade que implica as situações de cuidado, de brincadeira, de atividades partilhado, vivenciadas sempre de forma integrada, de modo a contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e de estar consigo mesmo e com os outros, tudo isso mediado por uma atitude de busca, de aceitação de respeito e de confiança.
Educação infantil no norte-noroeste fluminense: Tecendo caminhos.
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